Eu sou um homem
Que devia ser amado
Mas sou um pobre coitado
Vivo no mundo jogado
Eu sou gente solitário
Vejo no meu calendário
Os meus dias naufragado
A minha mágoa
Não me sai do pensamento
Minha vida é um tormento
Eu sou gente sofredor
Chora o meu coração
Soluçando de paixão
Carregando a cruz do amor
Eu sou aquele
Que cantava em serenata
Vendo a Lua cor de prata
Nas noites enluarada
Só eu e meu violão
Soluçava uma canção
Nas trevas da madrugada
O seresteiro
Nunca esquece a serenata
Que fazia na cascata
Do lugar onde morei
Já fui gente tão amado
Hoje eu vivo abandonado
De paixão eu morrerei